Chegada de shopping consolida Rio Preto como potência no comércio
O investimento realizado pela Família Jalles é considerado um marco que projetou Rio Preto como cidade referência da Região e de outros Estados

O ano era 1988 e Rio Preto ganhou seu primeiro shopping center, empreendimento que até então era coisa de “cidade grande”. O tamanho do projeto para uma região da cidade ainda pouco habitada chamou a atenção dos rio-pretenses da época pela grandiosidade dos investimentos feitos pelo empresário Francisco Jalles, junto à matriarca Minerva Jalles. Anos depois, a família entraria para a história da cidade pelo empreendedorismo visionário que, junto a outros saltos do desenvolvimento do município, fez de Rio Preto a cidade que é hoje nestes 173 anos.
Como um dos maiores centros comerciais do Interior Paulista, o Riopreto Shopping começou a ser pensado ainda no início da década de 80. “A ideia do empreendimento foi concebida por Francisco Jalles, um homem de vanguarda, extremamente inteligente e à frente do seu tempo, assim como a matriarca da família, Minerva Jalles, que apoiou de imediato a ideia”, afirmou nota enviada pela família Jalles, por meio da assessoria de imprensa do shopping. O centro de compras começou então a ser erguido.
Visão
A área escolhida já era da família e foi comprada pelo engenheiro, formado pela Poli Euphly Jalles, patriarca da família Jalles. “Uma pessoa extremamente visionária que sempre falava que por ser um ponto alto de Rio Preto seria uma das áreas mais nobres e valorizadas da cidade”, afirmou a nota. Segundo as informações, desde o início, os fundadores fizeram parte da Diretoria da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) para buscar conhecimento e entender o segmento, modelos de contratos e estilo de administração. “Consultaram vários arquitetos e construtoras para que fosse construído um shopping de projeto atemporal”, afirmou a nota.
A construção chamou a atenção do fotojornalista e documentarista Toninho Cury, que registrou o início das obras. “Em 1986, fui fotografar a construção, pois achei interessante registrar o primeiro shopping da região. Na época, muitos achavam que seria um tiro no pé. Após a autorização do Francisco Jalles para fotografar, vi a dimensão das obras e, naquele momento, passei a acreditar na empreitada”, disse Cury.
Para o documentarista, o Riopreto Shopping daria certo, uma vez que, até então, a cidade carecia de lojas de grifes. “Havia uma ou outra boutique caseira que vendia marcas, mas as opções eram limitadas, tipo Carlito Boutique, Ângela Boutique, Sercel Modas, Tininho Camiseiro, entre outras”, afirmou Cury. Segundo o documentarista, naquela época, marcas como Fórum e Louis Vuitton só existiam em São Paulo, em algum shopping ou na Augusta.
Sucesso
Neste contexto, nasceu um dos primeiros shopping centers da cidade, do Estado e do Brasil, em uma época onde o setor de shoppings era muito pequena. “Deu muito certo, foi um sucesso total! Prova disto foi que, após a inauguração, o metro quadrado naquelas bandas disparou de forma assustadora”, ressaltou Cury.
Resultado que mostra que a Família Jalles, desde o início da década de 80, acreditava que Rio Preto seria uma cidade em constante desenvolvimento pela sua localização estratégica. “É um orgulho para a família fazer parte da história de Rio Preto, hoje uma das principais cidades do Estado de São Paulo e é notório o quanto o Riopreto Shopping teve e tem um papel fundamental no desenvolvimento econômico da cidade e região”, reforçou a nota. Neste aniversário de 173 anos de Rio Preto, o Riopreto Shopping comemora 37 anos de fundação.
Crescimento
Depois do Riopreto Shopping, a cidade ganhou outros centros de compras. Em 1998, o Praça Shopping foi inaugurado no Calçadão da cidade. Em 2007, a região da avenida José Munia ganhou o Plaza Avenida Shopping. Cinco anos depois, a Região Norte da cidade foi contemplada com o Shopping Cidade Norte. Em 2014, o Shopping Iguatemi Rio Preto foi inaugurado no prolongamento da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, na Região Sul, à margem da BR-153. Centros de compras que reforçaram o papel de Rio Preto como a cidade referência no comércio para milhões de paulistas, e até mineiros e sul-mato-grossenses.
Empreendimentos que, além de reforçar o setor de comércio e serviços, também foram responsáveis por um “boom” imobiliário no entorno de cada um deles. Investimentos que atraíram construtoras e investidores em um processo de expansão nas regiões Norte e Sul da cidade, com a construção de conjuntos habitacionais, condomínios, restaurantes, bares e outros investimentos.