Corregedoria prendeu 4 policiais militares por agiotagem em Rio Preto, diz comandante do CPI-5
Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos nesta quarta

Em entrevista coletiva concedida na Polícia Federal sobre a Operação Atelís, desencadeada nesta quarta-feira, 21, o coronel Nilson César Pereira, comandante do CPI-5, foi questionado sobre a ação da Corregedoria da Polícia Militar na cidade.
O oficial confirmou que quatro policiais militares foram presos preventivamente por suspeita de envolvimento em agiotagem, o que inclui crime de usura (cobrança de taxas de juros superiores à taxa legal) ameaças e até uso de violência.
Ainda de acordo com o coronel Nilson, três dos envolvidos são policiais militares da ativa e outro solicitou desligamento.
A reportagem do Diário apurou que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. Entre eles, na casa de um ex-sargento, no condomínio Damha III, e em uma adega da avenida Nádima Damha.
Na casa de outro sargento, no bairro Jardim Nazareth, policiais da Corregedoria apreenderam duas munições de calibre 22 e dez de calibre 380.
Conduzido para a Central de Flagrantes, ele alegou que as munições pertencem ao irmão, que também foi alvo de mandado de prisão preventiva.
Diante da afirmação, o delegado plantonista Allan Francisco Athayde Soares considerou "precoce a responsabilização penal" (conforme trecho do boletim de ocorrência), e não prendeu o PM por posse irregular de munição de calibre permitido.
Ao Diário, a advogada Bárbara Mendes, que acompanhou o cumprimento do mandado de prisão contra o sargento morador do Damha III, informou que não teve acesso aos autos e que foi contratada apenas para acompanhar o procedimento.
Na casa, segundo ela, foram apreendidos apenas documentos.
Os quatro policiais foram conduzidos para o presídio militar Romão Gomes, em São Paulo.
A reportagem tenta contato com a defesa dos demais investigados.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a Corregedoria da Polícia Militar realiza a Operação Aequitas, em cumprimento à determinação judicial expedido pela Justiça Militar do Estado de São Paulo.