Com penas de até 70 anos de prisão, Justiça condena 25 pessoas por tráfico de drogas na região de Rio Preto
Réus foram investigados pela Operação Torre Eiffel, da Polícia Federal; penas aplicadas variam de 4 anos a 70 anos

A 1ª Vara Criminal da Comarca de Santa Fé do Sul condenou 25 investigados pela Operação Torre Eiffel, que desarticulou uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na região. As penas aplicadas variam de 4 anos e 6 meses até 70 anos e 6 meses de reclusão, além de multas que chegam a 15 mil dias-multa.
A Operação Torre Eiffel foi deflagrada em 28 de novembro de 2023 pela Polícia Federal de Jales com o apoio da Polícia Militar. Segundo a investigação, a quadrilha movimentou cerca de R$ 50 milhões em apenas dois anos. O grupo tinha como base o município de Santa Fé do Sul, mas atuava em diversas cidades do interior paulista e também em Santa Catarina e Minas Gerais.
Na ocasião, mais de 200 policiais federais cumpriram 40 mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas e temporárias em cidades como Jales, Votuporanga, Rio Preto, Piracicaba, Americana, Sumaré, Santa Bárbara d’Oeste, Guarujá, Camboriú/SC e Catuti/MG.
Após análise de um processo com mais de 20 mil páginas, bem como denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual, a Justiça concluiu pela existência de uma ampla rede criminosa voltada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro. Além das condenações, foram decretados o perdimento de bens em favor do Estado, incluindo carros de luxo, embarcações, imóveis, joias e dinheiro em espécie.
Cinco denunciados foram absolvidos por falta de provas ou não participação nos crimes. Já os condenados, que permaneceram presos durante o processo, não poderão recorrer em liberdade.
Líder
Entre os condenados está um homem que foi preso em um condomínio de luxo em Rio Preto. Ele é apontado como membro da facção criminosa PCC e seria o líder do grupo investigado. Recebeu a maior condenação: 70 anos e seis meses.
"Só em Santa Fé do Sul, ele tinha oito imóveis, em Jales mais três imóveis, uma cobertura no Guarujá, muitos carros de luxo. No condomínio em que morava em Rio Preto, foram apreendidas duas caminhonetes Amarok e um BMW Z4, avaliado em R$ 500 mil. Ele gostava de ostentar demais”, disse à época da operação o delegado Marcos Morini, da PF de Jales.
Para limpar o dinheiro do tráfico, o homem comprou uma série de imóveis, entre eles um pequeno hotel em Santa Fé do Sul, que registrou movimentação de R$ 1 milhão em apenas um mês, de acordo com investigação federal, o que chamou atenção.