Diário da Região
Caso Giovana

Empresário de Rio Preto é indiciado por morte de adolescente

Ele teria contado com o apoio de um funcionário e do caseiro onde o corpo de Giovana Caetano foi enterrado

por Joseane Teixeira
Publicado em 25/08/2025 às 12:53Atualizado em 26/08/2025 às 11:32
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Gleison Luís Menegildo, 46 anos, foi indiciado por homicídio qualificado (Reprodução)
Gleison Luís Menegildo, 46 anos, foi indiciado por homicídio qualificado (Reprodução)
Giovana morreu aos 16 anos e teve o corpo enterrado em uma chácara (Reprodução)
Giovana morreu aos 16 anos e teve o corpo enterrado em uma chácara (Reprodução)
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A Polícia Civil de Rio Preto indiciou o empresário Gleison Luís Menegildo, 46 anos, por homicídio qualificado contra a adolescente Giovana Pereira Caetano de Almeida, cujo corpo foi enterrado em uma propriedade rural de Nova Granada e foi localizado, após denúncia, em agosto de 2024. A vítima, que estava desaparecida desde dezembro de 2023, tinha 16 anos.

Para o delegado André Amorim, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), a conduta do empresário deve ser enquadrada como homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Em interrogatório prestado na tarde da última sexta-feira, 22, o empresário afirma que Giovana esteve na empresa dele em dezembro para participação em um processo seletivo para vaga de estágio. No entanto, a entrevista foi realizada após o fim do expediente, por volta das 18h15. Segundo o empresário, “o assunto passou para ‘safadezas’,”. Gleison alega que ele e um funcionário de 45 anos, chefe de oficina, se relacionaram sexualmente com a adolescente. Após o ato, ambos saíram da sala por alguns minutos e, quando retornaram, constataram que Giovana estava convulsionando, possivelmente em razão do consumo de uma porção de cocaína, que estava ocultada em um frasco de medicamento, e que pertencia a Gleison.

Notando que a adolescente parou de respirar, ele afirma que se desesperou e decidiu ocultar o corpo da vítima na propriedade rural dele, contando com o apoio do caseiro.

Relatório de investigação aponta que o homem passou próximo a duas Unidades de Pronto Atendimento (Jaguaré e Santo Antônio) e deixou de prestar socorro à vítima.

Ao Diário, o advogado Carlos Sereno Vissechi informou que não há provas de que Gleison matou a adolescente e que já entrou com pedido de revogação da prisão temporária.

Ainda de acordo com Vissechi, o caseiro e o chefe de oficina não foram indiciados porque ainda não foram interrogados – procedimento que deve ser realizado ainda nesta semana.