Hemocentro de Rio Preto passa a oferecer cadastro digital no Redome para doação de medula óssea

O Hemocentro de Rio Preto passou a integrar a rede de unidades com cadastro digital de doadores voluntários de medula óssea para o Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). A novidade permite mais agilidade e segurança no processo de inclusão de novos voluntários ao sistema nacional, além de ampliar o acesso à informação e à base de dados utilizada para encontrar doadores compatíveis.

Coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e vinculado ao Ministério da Saúde, o Redome é o terceiro maior banco de doadores voluntários de medula óssea do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha, e o maior entre os de financiamento exclusivamente público. Criado em 1993, o registro reúne hoje cerca de 5,9 milhões de brasileiros cadastrados.

O objetivo do Redome é conectar pacientes que precisam de transplante de medula óssea com doadores não aparentados. Em 2023, foram 366 procedimentos viabilizados por meio do banco nacional.

O lançamento oficial será nesta quarta-feira, 24, em parceria entre o Hemocentro de Rio Preto e o Riopreto Shopping. A ação, que celebra o mês de incentivo ao cadastro de doadores voluntários de medula óssea, será realizada entre 12h e 15h e das 18h às 21h. Nesse período, a população poderá fazer o pré-cadastro no Redome, mas a coleta de sangue é feita no Hemocentro de Rio Preto ou Catanduva. Todo esse processo é simples e rápido.

Às 19h, será realizada uma roda de conversa com o tema “Doação de Medula: mitos, verdades e vidas”. O palestrante será o médico João Victor Piccolo, hematologista e chefe do Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital de Base de Rio Preto.

Nos últimos dez anos, o número de doadores cadastrados quase dobrou, e atualmente a chance de encontrar um doador compatível no sistema é de aproximadamente 90%.

Além de atender à demanda interna, o Brasil também exporta material para outros países. Mais de 800 doações realizadas no país foram destinadas a pacientes no exterior. O Redome atua de forma integrada com registros internacionais e permite que doadores brasileiros contribuam com vidas em diferentes partes do mundo.

Piccolo destaca que essas novas medidas de cadastro ajudam a facilitar o processo de cadastramento de doadores e com isso permite que mais pessoas consigam se cadastrar através da facilidade das plataformas digitais. “A ideia e importância disso é manter o número de doadores e facilitar os novos cadastros para que a gente consiga ampliar a busca de doadores não aparentados”, afirma.

Com a implementação do cadastro digital no Hemocentro de Rio Preto, a expectativa é ampliar o número de voluntários e contribuir para tornar o processo de doação ainda mais acessível. Atualmente, o Redome recebe cerca de 125 mil novos cadastros por ano e realiza mais de 300 coletas de medula anualmente.

Guilherme Vila Real, coordenador de Captação de Doadores de sangue, plaquetas e medula óssea do Hemocentro de Rio Preto explica que esse é um pré-cadastro no Redome, isso porque para ele ser finalizado é preciso que a pessoa vá até uma unidade mais próxima para coletar amostra de sangue. A partir daí, ela se torna um possível doador de medula óssea.

Passo a passo

O aplicativo do Redome está disponível tanto para Android e iOS. Assim que abre o app, já na tela de início, tem o botão “quero ser doador”. A partir do momento que você clica, ele vai pedir para digitar o seu CEP. “Nesse momento muita atenção, porque o app já vai indicar um Hemocentro de referência para a pessoa finalizar o cadastrou, ou seja, coletar amostra de sangue. Para moradores de Rio Preto e região, se o app indicar outro Hemocentro, basta a pessoa clicar em ‘alterar hemocentro’ e selecionar o Hemocentro Rio Preto. Feito isso, basta digitar e a ficha com todos os dados pessoais, telefone e e-mail e ele já fez o pré-cadastro. Mas para finalizar e se tornar mesmo um possível doador de medula óssea a pessoa precisa comparecer em um Hemocentro para finalizar o cadastro coletando amostra de sangue de apenas 4 ml, é através dessa amostra que vamos saber se essa medula da pessoa é compatível com a medula de algum paciente”, explica Guilherme.

Ele ressalta também que a amostra de sangue não é a doação da medula. É apenas para fazer o teste de compatibilidade. Afinal, a doação só acontece se houver a compatibilidade entre doador e paciente.

Interessados em se cadastrar como doadores voluntários de medula óssea podem procurar o Hemocentro de São José do Rio Preto ou obter informações pelo site oficial do Redome: https://redome.inca.gov.br.