Homem morre após ser esfaqueado pela companheira em Rio Preto
Ele foi internado no Hospital de Base, mas não resistiu.

A Polícia Civil vai instaurar inquérito para investigar as circunstâncias da morte de C. P. B., 53 anos, ocorrida na madrugada deste domingo, 29, no Hospital de Base de Rio Preto, após ser esfaqueado pela companheira, de 57 anos, durante um desentendimento. A investigação terá como objetivo apurar se ela agiu ou não em legítima defesa.
O caso aconteceu na noite deste sábado, 28, no bairro Vila Toninho, em Rio Preto e foi testemunhado pelo irmão da vítima.
Em depoimento, ele contou que por volta das 15h ouviu uma discussão entre o casal, estando ambos alcoolizados. Durante a briga, a mulher teria dito que iria "furar" o companheiro e que ele iria virar uma "peneira".
Em seguida ouviu gritos de socorro do irmão.
Ferido com dois golpes de faca na região entre o tórax e o abdômen, o homem foi socorrido no carro da família e levado para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Vila Toninho. Em razão da gravidade, ele foi transferido para o Hospital de Base.
De acordo com a equipe médica, C.P.B. sofreu paradas cardiorrespiratórias e morreu às 2h10 deste domingo, 29, em virtude de uma hemorragia.
Legítima defesa
Policiais militares foram acionados para o local da ocorrência e conversaram com a mulher, que estava embriagada e "apresentou contradições", segundo os agentes.
Ela foi levada para a Delegacia de Defesa da Mulher e, em depoimento, afirmou que a briga começou quando o companheiro tentou obrigá-la a sair para comprar bebida e drogas.
Ao se recusar, ela teria sido agredida com uma barra de ferro. Alegando nervosismo e legítima defesa, a mulher se armou com uma faca e desferiu dois golpes no homem.
Como ela apresentava lesões pelo corpo, o delegado plantonista entendeu que havia indícios de legítima defesa e deixou de lavrar a prisão em flagrante.
A mulher afirmou que não queria medida protetiva e pretendia conviver normalmente com o companheiro.
O caso foi registrado inicialmente como lesão corporal grave, mas pode ser alterado para lesão corporal seguida de morte, ou mesmo homicídio, a depender do resultado da investigação.
Ainda não há informações sobre o velório da vítima.