Diário da Região
AMIZADE

Jovem faz tatuagem para homenagear amigo que morreu em queda de avião em Rio Preto

Lucas Roberto Amorim, 22 anos, conta que conhecia Felipe Coiado Gomes desde os 10 anos de idade e resolveu prestar a homenagem ao amigo

por Luna Kfouri
Publicado em 03/07/2025 às 14:36Atualizado em 04/07/2025 às 17:45
Amigo fez tatuagem em homenagem a Felipe, que morreu em acidente aéreo (Arquivo pessoal)
Amigo fez tatuagem em homenagem a Felipe, que morreu em acidente aéreo (Arquivo pessoal)
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Para homenagear o jovem Felipe Coiado Gomes, de 24 anos, que morreu na queda de um avião monomotor em Rio Preto, Lucas Roberto Amorim, de 22 anos, tatuou no braço o nome do amigo de infância. Felipe e o instrutor de voo Abner Casagrande de Oliveira, de 39 anos, morreram na queda do avião na Estância Santa Maria, na manhã da última terça-feira, 1º de julho.

Lucas conta que sempre foi o sonho de Felipe fazer uma tatuagem de aviação. Os dois se conheciam desde os 10 anos de idade e compartilhavam sonhos.

"Sempre corria na alma dele ser piloto agrícola. Liguei para meu amigo tatuador para prestar essa homenagem para o nosso menino de ouro, para ficar carimbado eternamente o legado do nosso piloto", diz Lucas.

O amigo ressalta que Felipe sempre teve um bom coração e lembra de quando eram adolescentes e iam até a pista de aviação das usinas da região para que Felipe ficasse mais próximo do sonho de ser piloto agrícola.

"Crescemos literalmente juntos e vi ele crescendo profissionalmente também, fazendo o que tanto amava, que corria no sangue dele. Vai deixar saudades nosso menino", diz o amigo. "Estou sem acreditar ainda. Parece que vai chegar final de semana e ele vai me mandar mensagem perguntando onde eu estou para lavarmos os carros juntos, porque ele tinha que sair à noite, sempre de cabeça erguida, feliz", completa.

Acidente

Morador de Potirendaba, Felipe era técnico agrícola por formação, mas estava empenhado em realizar o sonho de se tornar piloto profissional. Abner, por sua vez, morava em Rio Preto e, além de atuar como instrutor de voo, também era gerente de zeladoria do condomínio Parque da Liberdade 3, onde vivia com a esposa e os três filhos, de 2, 6 e 9 anos.

Os dois morreram no acidente aéreo com o monomotor prefixo PP-RDJ, modelo Paulistinha CAP-4, em Rio Preto. As causas da tragédia são investigadas pela Polícia Civil e também pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O relatório será elaborado pelo órgão da Força Aérea Brasileira e deverá ser divulgado nos próximos meses.

O corpo de Felipe foi sepultado na tarde de quarta-feira, 2, no cemitério de Potirendaba. Já o de Abner foi sepultado nesta quinta-feira, 3, em Rio Preto.