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Médico de Rio Preto participa de debate no Senado sobre a criação de prova de medicina

Diretor da Faceres, Toufic Anbar Neto será um dos participantes de encontro para discutir a implantação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina

por Redação
Publicado em 09/09/2025 às 08:59Atualizado em 09/09/2025 às 11:59
Toufic Anbar Neto participa de debate nesta quarta, 10 (Guilherme Baffi/Arquivo)
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Toufic Anbar Neto participa de debate nesta quarta, 10 (Guilherme Baffi/Arquivo)
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O médico e diretor da Faculdade de Medicina Faceres, Toufic Anbar Neto, foi convidado a participar de uma audiência no Senado Federal para debater o Projeto de Lei que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina (ENPM). O encontro será nesta quarta-feira, 10, e contará com a presença de representantes de entidades médicas e parlamentares.

O projeto estabelece que a aprovação no exame será condição obrigatória para a obtenção do registro profissional nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Em outras palavras, mesmo após concluir a graduação, o médico só poderá exercer legalmente a profissão se for aprovado na prova.

O ENPM é defendido por instituições como a Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM) e surge em meio a um debate nacional sobre a qualidade do ensino médico e os desafios da formação de novos profissionais.

Para Toufic, até o presente momento não foi detalhado no projeto como será feita a prova e qual será a logística do exame. Isto reflete uma perigosa falta de planejamento. “As escolas sérias não têm medo de avaliação. A preocupação é com exames mal elaborados, que podem levar a resultados injustos. E isso, até agora, ninguém explicitou. Temos que acabar com a prática do aprova primeiro e o resto a gente vê depois”.

Ainda segundo Toufic, o CFM e a AMB não têm competência para aplicar provas. "Teriam que criar esta estrutura. Boa parte das outras entidades médicas defendem a prova seriada (2º, 4º e 6º ano) e aplicação de provas práticas ao final do curso", afirma.