Diário da Região
AGORA SÃO 14

Operação prende mais 5 mulheres ligadas ao tráfico

por Marco Antonio dos Santos
Publicado em 22/10/2025 às 00:02
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A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira, 21, mais cinco mulheres suspeitas de integrarem uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas na região do bairro João Paulo 2º, em Rio Preto. A ação, coordenada pela Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão. Com as prisões desta terça, o total de mulheres detidas na operação chega a 14 em duas semanas.

De acordo com o delegado Roberval Macedo, responsável pela investigação, as suspeitas desempenhavam papel estratégico dentro da estrutura do grupo criminoso, mantendo as atividades de tráfico mesmo após a prisão dos principais integrantes.

“São mães, irmãs e companheiras de traficantes que já estão presos. Elas assumiram funções importantes e garantiam o funcionamento da venda de drogas na região”, explicou.

Segundo o delegado, o grupo atua de forma “estruturada e hierarquizada”, com divisão clara de tarefas entre os integrantes. Nesta fase, a polícia concentrou esforços na identificação de quem estava diretamente envolvido na compra, venda e distribuição de entorpecentes.

As investigações também apuram homicídios e tentativas de assassinatos ocorridos no entorno dos pontos de venda de drogas. Macedo esclarece, no entanto, que as mulheres presas não participaram diretamente desses crimes.

“Elas não executavam homicídios. Os responsáveis por esses atos já foram identificados e alguns estão presos. Todos respondem pelos crimes praticados na disputa pelo controle do tráfico na região”, afirmou.

Todas as prisões, tanto as nove da primeira fase quanto as cinco desta terça, são temporárias, com duração inicial de 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por mais 30 dias caso a investigação exija.

“Essas prisões são importantes para interromper a atuação do grupo e aprofundar as apurações sobre a dinâmica do tráfico no João Paulo 2º”, concluiu o delegado.

Procurado pelo Diário da Região, o advogado das presas não quis se manifestar.