Operação prende seis pessoas na região de Rio Preto por furtos de máquinas agrícolas
Crimes foram praticados por um grupo de Rio Preto, especializado em subtrair equipamentos de canteiros de obras
Seis pessoas suspeitas de furtar máquinas agrícolas foram presas na madrugada desta terça-feira, 28, durante operação conjunta da Deic e da Polícia Ambiental, em Rio Preto.
A ação foi realizada pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Deic/Deinter-5 de Rio Preto, em parceria com a Polícia Civil do Ceará, para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra integrantes de uma quadrilha especializada em furtar equipamentos de grandes obras.
A investigação começou após o furto de módulos eletrônicos e painéis de máquinas nas obras da transposição do rio São Francisco, no trecho do Ramal do Salgado, em Ipaumirim (CE), no dia 29 de setembro. Durante as apurações, a Polícia Civil do Ceará identificou outros dois crimes semelhantes em Salgueiro (PE) e Cajazeiras (PB).
Segundo os investigadores, os furtos foram praticados por um grupo de Rio Preto, especializado em subtrair equipamentos de canteiros de obras e enviar o material furtado a um líder que coordenava o esquema. Em 2024, o mesmo grupo já havia sido alvo da DIG de Rio Preto, quando o chefe foi preso em flagrante.
Com base nas novas provas, a Justiça cearense decretou a prisão de seis pessoas — quatro homens e duas mulheres — e expediu mandados de busca. As prisões ocorreram em Rio Preto, Guapiaçu e Planalto.
O tenente João Machado, da Polícia Ambiental, explicou que as investigações começaram após uma abordagem em que foi apreendido um módulo eletrônico de alto valor, semelhante aos usados nas obras da transposição. “A partir desse achado, entramos em contato com a Polícia Civil e constatamos que o módulo havia sido furtado no Ceará. O grupo agia em diferentes Estados, sempre mirando equipamentos de grande porte, avaliados entre R$ 50 mil e R$ 80 mil cada”, afirmou.
De acordo com Machado, o prejuízo causado pela quadrilha no Ceará foi estimado em cerca de R$ 600 mil. “Eles levavam vantagem financeira considerável, viviam em casas boas e tinham padrão de vida elevado. Não são criminosos violentos, mas furtadores com atuação constante”, completou.
O delegado Wander Luciano Solgon, da DIG de Rio Preto, disse que os celulares e outros materiais apreendidos serão periciados. “Esses indivíduos já eram conhecidos por furtos semelhantes. O material recolhido vai ajudar a comprovar a participação deles e a identificar outros envolvidos. Todos permanecerão à disposição da Justiça do Ceará”, declarou.