Polícia Civil de Rio Preto prende empresário e dois funcionários por morte de adolescente

A Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) prendeu, no final da tarde desta sexta-feira, 15, um empresário e dois funcionários dele por envolvimento na morte da adolescente Giovana Almeida, aos 16 anos. O corpo da jovem foi encontrado em agosto de 2024, enterrado clandestinamente em uma propriedade rural do empresário, em Nova Granada.

Foram cumpridos três mandados de prisão temporária: contra o empresário e um funcionário por suspeita de participação na morte, e contra o caseiro da chácara, acusado de ajudar na ocultação do cadáver. O empresário também responderá por ocultação de cadáver e foi preso em flagrante por posse ilegal de arma.

"Eles figuram na investigação, tanto no homicídio quanto na ocultação de cadáver. Todas as nossas apurações apontaram para a autoria dessas pessoas, por isso solicitei a prisão temporária", disse o delegado André Amorim, da Delegacia de Homicídios.

Na casa e na empresa do empresário, policiais apreenderam uma pistola 9 mm, uma garrucha, um revólver, munições e porções de cocaína. Todos permanecerão presos por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por mais 30.

Carlos Sereno, advogado de defesa do trio preso, afirmou que pretende entrar com pedido de revogação das prisões, por considerar que a Deic não tem elementos suficientes para manter seus clientes encarcerados.

Giovana desapareceu em dezembro de 2023 após participar de uma festa promovida pelo empresário. O corpo foi localizada oito meses depois, após denúncia anônima. O empresário declarou à polícia que a adolescente teria morrido de overdose de cocaína e que, sem saber como agir, decidiu enterrar o corpo na fazenda com a ajuda do caseiro.

O delegado não divulgou, por enquanto, o resultado do laudo pericial realizado no corpo da vítima.