Diário da Região
OPERAÇÃO

Após casos de fibrose pulmonar, Polícia Civil faz operação contra venda de cigarros eletrônicos em Rio Preto

Operação policial prendeu cinco pessoas e fez vistoria em 59 locais; venda desse tipo de produto é proibida no Brasil

por Marco Antonio dos Santos
Publicado em 19/08/2025 às 14:46Atualizado em 20/08/2025 às 11:30
Operação contra cigarros eletrônicos em Rio Preto (Delegacia seccional de Rio Preto)
Operação contra cigarros eletrônicos em Rio Preto (Delegacia seccional de Rio Preto)
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Cinco comerciantes foram presos nesta terça-feira, 19, durante uma operação da Delegacia Seccional contra a venda de cigarros eletrônicos em Rio Preto. Os cinco foram presos em flagrante delito por distribuir os produtos em larga escala. A comercialização desse tipo de produto é proibida no Brasil, porque o produto não é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Foram apreendidos 1.138 cigarros eletrônicos e outros 909 refis, que serão encaminhados para a realização de perícia e destruição.

As prisões ocorreram durante a Operação Interstício no cumprimento de cinco mandados de busca e 59 ordens de vistoria em estabelecimentos comerciais.

Segundo o delegado seccional de Rio Preto, Everson Contelli, a operação foi provocada pelo aumento do consumo de cigarros eletrônicos entre jovens, principalmente estudantes.

"A operação atende ao trabalho de inteligência policial de saúde pública da PC-SP que identificou aumento de casos na região de fibrose pulmonar no interstício, membrana que envolve algumas partes do pulmão, além de relatos de casos (na região) de adolescente com possibilidade de transplante de pulmão devido ao uso desses dispositivos", afirmou a polícia em nota.

Quem comercializa cigarros eletrônicos pode responder por comercialização de substâncias nocivas à saúde pública, com pena de 1 a 3 anos; crime contra as relações de consumo, pena de 2 a 5 anos; contrabando, pena de 2 a 5 anos; ou crime de fornecer ou entregar a criança e adolescente produto que cause dependência, com pena de 2 a 4 anos.

Todos os 59 estabelecimentos vistoriados foram notificados pela Polícia Civil.