Preso por pornografia infantil também é suspeito de aliciar crianças
Homem foi preso em flagrante em chácara no Jockey Clube, bairro de Rio Preto, em posse de muita quantidade de material de pornografia infantil

Um homem foi preso em flagrante nesta quinta-feira, 25, em Rio Preto, sob a acusação de armazenar e compartilhar vídeos de pornografia infantil. Ele, que trabalhava como caseiro em uma chácara na Estância Jockey Clube, também utilizava aplicativos para aliciar crianças e adolescentes, segundo o delegado do caso, Victor Ramazotti, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
O delegado detalhou que o suspeito não apenas guardava o material, mas também o trocava ativamente. "Ele armazenava os materiais pra ele, com o celular dele. Quando outras pessoas solicitavam, ele trocava esse material. Pedia fotos, as pessoas às vezes trocavam fotos com ele, então ele também compartilhava fotos, conteúdo em geral", explicou Ramazotti.
Durante o cumprimento do mandado, os policiais encontraram um vasto conteúdo de imagens e vídeos com cenas de nudez e sexo envolvendo crianças e adolescentes com idades entre 8 e 18 anos.
Aliciamento em Snapchat e TikTok
As investigações tiveram início a partir de informações da Delegacia de Pedofilia de São Paulo. Após monitoramento, a DDM confirmou a prática criminosa.
O suspeito utilizava aplicativos de conversa e redes sociais, como Snapchat e TikTok, para obter e disseminar os conteúdos. Mais grave, ele se passava por criança em conversas virtuais para aliciar as vítimas e pedir fotos íntimas.
"Ele trocava mensagens com crianças, se identificava como criança, para começar conversas, e aí pedia conteúdo pra essas crianças", detalhou o delegado.
O homem confessou manter os arquivos em seu aparelho, mas negou contato físico com as vítimas.
Próximas etapas e alerta aos pais
Após o flagrante na DDM, o suspeito foi levado para a carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), onde aguarda a audiência de custódia nesta sexta-feira.
A próxima etapa da investigação será tentar identificar as crianças e adolescentes explorados, que, segundo o delegado, são provavelmente de diversas regiões do Brasil. O material apreendido foi encaminhado ao Instituto de Criminalística para perícia, com laudo previsto para 30 dias.
A polícia reforça a importância de os pais acompanharem de perto o uso de aplicativos e redes sociais pelos filhos, alertando que criminosos frequentemente se aproveitam de plataformas populares para se aproximar de menores.