Projeto de Rio Preto recebe prêmio internacional por assistência a bebês
A cerimônia de premiação celebra as conquistas e inovações na área da saúde em todo o mundo. Projeto Ninho do Bebê foi um dos destaques do evento, representando o Brasil e Rio Preto

O Projeto Ninho do Bebê, de Rio Preto, recebeu nesta quarta-feira, 30, em Lisboa, Portugal, um certificado de reconhecimento como segunda melhor iniciativa global na categoria Saúde da Associação Psicanalítica Internacional (IPA).
Presidido pela pediatra Claudia Janete Boutros Carvalho, o projeto oferece acolhimento e assistência especializada a crianças de 0 a 3 anos e seu núcleo familiar.
"Nosso olhar é voltado para a criança desde a barriga, buscando entender quem é essa mãe, quais são suas necessidades e inseguranças. Oferecemos o suporte que ela precisa, por meio de atendimento médico especializado e oficinas e, após o nascimento do bebê, realizamos o acompanhamento. É um trabalho de prevenção, que não espera a sedimentação do sofrimento nos bebês e seus familiares para tratá-los”, explica a pediatra.
Fundada em 1910 por Sigmund Freud, a International Psychoanalytical Association (Associação Psicanalítica Internacional), é reconhecida como principal órgão de acreditação e regulamentação do mundo para a profissão da psicanálise.
A cerimônia de premiação celebra as conquistas e inovações na área da saúde. O Projeto Ninho do Bebê foi um dos destaques do evento, representando o Brasil e Rio Preto.
“É uma celebração do esforço coletivo e da determinação em garantir um começo de vida seguro e saudável para todos os bebês”, comemora a médica.
Por meio de 60 voluntários, entre pediatras, fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, osteopatas, odontopediatras, entre outros profissionais da saúde, a associação realiza, por ano, cerca de mil atendimentos.
Para a psicóloga Karina Caldo, o prêmio representa o reconhecimento do trabalho iniciado há oito anos. "Investir no bebê e na primeira infância faz a diferença para a base de uma sociedade mais digna", afirma.
"Há cerca de dois anos, apostamos que estar atuando diretamente na comunidade em condições de vulnerabilidade traria um impacto significativo nos aspectos de saúde. E essa premiação mostra que estamos no caminho certo para constituir seres humanos que podem se comprometer com cuidar e protagonizaram a própria história", diz a psicóloga.