Dragão Vermelho’ chega a Fernandópolis e Rio Preto com magia e humor
Projeto inclui oficinas, pôster em quadrinhos e atividades voltadas à formação artística e comunitária

Entre florestas pintadas em tecido, criaturas mágicas e a aparição de um dragão em três tamanhos, um herói improvável tenta devolver liberdade ao seu povo. Esse é o fio que conduz “Dragão Vermelho”, espetáculo que mistura teatro, circo, música e bonecos, e que circula nesta semana por Fernandópolis e Rio Preto em sessões gratuitas voltadas a escolas, comunidades e regiões periféricas.
Em Fernandópolis, as apresentações acontecem nesta terça, 23, às 10h e às 14h, na Apae, localizada na avenida dos Eucaliptos, 271, Jardim Araguaia. Já em Rio Preto, o espetáculo será apresentado na quarta, 24, às 13h, no Ceu das Artes Aristides dos Santos, na rua Robson Augusto Lopes Diaveiro, s/n, Nova Esperança.
Com direção, dramaturgia e atuação de Tato Villanueva e Caio Stolai, da companhia Circo Poeira, a montagem propõe um mergulho na fantasia ao narrar a jornada de Samiel, personagem que enfrenta desafios impossíveis para derrotar um imperador tirano. Entre trapalhadas e descobertas, o herói encontra criaturas mágicas e encara o temido dragão, que se revela não apenas como adversário, mas também como metáfora de seu autoconhecimento.
O projeto, realizado por meio do ProAC, amplia o alcance do teatro ao incluir oficinas de criação cênica para artistas locais e de construção de bonecos para pais e filhos. Também integra a circulação um pôster-livreto ilustrado em formato de quadrinhos, pensado como lembrança e extensão da experiência do público.
No palco, o espetáculo surpreende pelo impacto visual. O dragão surge em três versões — uma miniatura, que desperta ternura; um modelo voador, que causa admiração; e a tradicional máscara chinesa, símbolo da fusão entre Samiel e o monstro. Ao lado dele, o imperador-boneco caricatural e o pequeno Samiel, versão em miniatura do protagonista, compõem a narrativa com doses de humor e lirismo.
A cenografia funciona como pintura em movimento: tecidos de algodão em degradê e iluminação versátil transformam o mesmo espaço em floresta sombria, palácio ou montanha. O desenho visual, aliado à comicidade física e ao canto lírico dos intérpretes, cria uma atmosfera que transita entre o épico e o cômico, encantando tanto crianças quanto adultos.