Diário da Região
CULTURA URBANA

Masterclass debate presença feminina no Hip Hop brasileiro  

Rapper paulistana Lunna Rabetti ministra masterclass que inaugura projeto de formação e difusão da cultura Hip Hop na cidade 

por Salomão Boaventura
Publicado em 23/09/2025 às 18:10Atualizado em 23/09/2025 às 18:10
Lunna Rabetti comanda masterclass sobre Hip Hop (Divulgação)
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Lunna Rabetti comanda masterclass sobre Hip Hop (Divulgação)
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A cadência do Hip Hop pulsa como batida de coração coletivo: ritmo que atravessa ruas, muros e bibliotecas, mesclando rima, ritmo e memória. É nessa sintonia que a rapper, historiadora e pedagoga paulistana Lunna Rabetti desembarca em Rio Preto no próximo sábado, 27, às 20h, para comandar a masterclass que inaugura o curso do projeto “Hip Hop em Rio Preto: voltando às origens, rumo ao futuro”, na casa de criar, no Parque Residencial Laureano Tébar.

O curso sobre a história do Hip Hop integra uma programação de 455 horas, distribuídas em nove ações gratuitas até o final do ano. A iniciativa busca promover formação, produção e difusão cultural, reunindo artistas locais, nacionais e internacionais. A sede da casa de criar, na rua Nelson Freitas, 745, transforma-se em território de cultura e resistência para a juventude urbana, ao mesmo tempo em que resgata e celebra a memória artística da cidade.

Presidente do Instituto Global Perifeminas e facilitadora da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop, Lunna acumula mais de três décadas de atuação fortalecendo o movimento no Brasil. Além de performer, é autora de “A vida marginal de Luana Rabetti - Entre linhas, folhas e tintas”, organizadora da série editorial “Perifeminas” e da revista “Voz das Minas”, com participações em coletâneas, filmes e documentários.

“O módulo História Da Cultura Hip Hop consiste de encontros com especialistas, estudiosos e praticantes da Cultura no território brasileiro. É um momento de olhar e refletirmos sobre o passado para projetarmos um futuro mais inclusivo e consciente. Lunna tem pesquisa e atuação nas presenças e invisibilidades da mulher na Cultura Hip Hop e foi esse tema que pedi que ela abordasse no dia 27. Jogar luz sobre as protagonistas presentes desde o princípio, lá nos idos dos anos 1980. Um tema urgente e necessário a todo cidadão e cidadã preocupados com a justiça social”, ressalta o artista visual juny kp!.

Exposição e programação

A agenda do projeto também contempla a exposição “Rio Preto, onde o Hip Hop vive”, concebida pelo artista visual juny kp!, que comanda a casa de criar ao lado da escritora Carolina Manzato.

A mostra reúne recortes de jornais, fotografias, rascunhos e outros registros que sistematizam a história do Hip Hop rio-pretense.

A cada domingo, a casa abre espaço para os quatro elementos da cultura Hip Hop: Graffiti, Rap, DJ e Breaking. No dia 28, sobem ao palco o grupo Mirrors Beat Squad, DJ Bocka, o grafiteiro Will Insano e a DJ e produtora Lu Pequim, que falará sobre a arte da produção musical em Rio Preto.

O projeto “Hip Hop em Rio Preto: voltando às origens, rumo ao futuro” é realizado com fomento da Lei Nelson Seixas 2024, da Secretaria Municipal de Cultura de São José do Rio Preto.