Diário da Região
AGRONEGÓCIOS EM PAUTA

Produção leiteira

por Cristina Cais
Publicado em 06/11/2025 às 00:17Atualizado em 06/11/2025 às 00:19
Produção leiteira tem maior oferta e preços do leite estão em queda no campo (Divulgação)
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Produção leiteira tem maior oferta e preços do leite estão em queda no campo (Divulgação)
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A produção brasileira de leite segue em alta e sem sinais de desaceleração no curto prazo, enquanto o consumo não acompanha esse ritmo, resultando em estoques elevados nas indústrias, refletindo na redução de preços pagos ao produtor. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e mostra que, em setembro, o preço do leite cru recuou 4,2% em comparação ao mês de agosto, fazendo com que a “Média Brasil” chegasse a R$ 2,44 o litro. Segundo os pesquisadores, a queda foi de 19% em relação a setembro de 2024. Além do avanço interno, a disponibilidade total de leite foi reforçada pelo aumento de 20% nas importações de lácteos em setembro, totalizando 198,1 milhões de litros em equivalente leite, dos quais quase 80% correspondem a leite em pó.

Setor sucroenergético

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) firmaram, nesta terça-feira, 4, um acordo de cooperação técnica que inicia uma nova etapa de modernização regulatória, qualificação profissional e eficiência ambiental no setor sucroenergético paulista. Conforme a Unica, o acordo prevê novas diretrizes para o uso de resíduos da produção de etanol e açúcar. A iniciativa também reforça a adoção de práticas de economia circular e incentiva soluções baseadas em biomassa, ampliando o papel da indústria como condutor de energia renovável. “A produção sustentável de energia renovável pelo setor tem ganhado novos contornos, com a ampliação dos energéticos extraídos da biomassa e a intensificação de práticas de economia circular, com o uso da vinhaça, da torta de filtro e no futuro o aproveitamento de resíduos de outros setores”, pontua Evandro Gussi, presidente da Unica.

Produção de cana-de-açúcar

Diante das adversidades climáticas, com restrição hídrica e excesso de calor, a safra de cana-de-açúcar da temporada 2025–2026 ficou abaixo do esperado pelo setor, conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dados da autarquia apontam a produção de 666,4 milhões de toneladas, redução de 1,6% em relação ao ciclo anterior. Principal região produtora de cana do País, o Sudeste deve registrar uma colheita de 420,2 milhões de toneladas, 4,4% inferior ao registrado em 2024. O maior recuo é observado no estado de São Paulo, maior produtor da cultura, com 18,2 milhões de toneladas a menos a serem colhidas na atual safra. Essa redução está relacionada às condições climáticas como seca, altas temperaturas e incêndios em parte dos canaviais, que comprometeram a rebrota e desenvolvimento das lavouras no estado paulista.

Sanidade animal

A Defesa Agropecuária está realizando a campanha de atualização de rebanhos do segundo semestre, que se iniciou no dia 1º de novembro. Conforme a coordenadoria, a partir da retirada da vacinação contra a febre aftosa em 2023, o produtor rural passa também, em caráter obrigatório, a ter que atualizar seus rebanhos junto ao sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) até o dia 15 de dezembro. Devem ser atualizadas, além dos bovinos, todas as espécies de animais das propriedades. A não declaração pode acarretar o bloqueio da movimentação dos animais e a inviabilidade da emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), com possibilidade de sanções administrativas.