Diário da Região

Confiança do setor de construção é a pior em 28 meses

Segundo a CBIC, a queda na intenção de investimento dos empresários da construção reflete principalmente as elevadas taxas de juros

por Agência Estado
Publicado em 25/08/2025 às 20:50Atualizado em 26/08/2025 às 09:48
Construção de prédios residenciais e comerciais no Setor Noroeste em Brasília (Marcello Casal Jr/Agência Brasi)
Construção de prédios residenciais e comerciais no Setor Noroeste em Brasília (Marcello Casal Jr/Agência Brasi)
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A intenção de investimento da indústria da construção caiu pela terceira vez consecutiva e atingiu seu menor patamar em 28 meses, segundo a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira, 25, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O indicador caiu 0,4 ponto em agosto, chegando a 40 pontos, nível que não era registrado desde abril de 2023.

“A queda na intenção de investimento dos empresários da construção reflete principalmente as elevadas taxas de juros, que, entre outras coisas, continuam pressionando o ambiente de crédito, tão fundamental para o desempenho do setor”, avalia a analista de Políticas e Indústria da CNI, Isabella Bianchi.

Com relação ao nível de atividade da indústria da construção, o indicador evidenciou alta em julho deste ano, de 0,7 ponto, para 49,5 pontos, o maior valor do ano. O indicador de número de empregados também melhorou, ultrapassando a casa de 50 pontos. Os índices variam de zero a 100 pontos, sendo valores acima de 50 pontos indicativos de alta.

Expectativas

Apesar do desempenho positivo da indústria da construção em julho, os empresários do setor estão menos otimistas com o futuro. A Sondagem demonstra que os índices de expectativa com relação ao número de empregados, novos empreendimentos e serviços e nível de atividade recuaram em agosto.

O índice de expectativa de nível de atividade caiu 1,7 ponto, caindo para 51,4 pontos. O indicador que mede a expectativa de número de empregados recuou 2,1 pontos, para 50,8 pontos. O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços encolheu 0,4 ponto, atingindo 50,1 pontos.

A CNI ouviu 318 empresas, entre os dias 1º e 12 de agosto, sendo 122 pequenas, 131 médias e 65 grandes.