Presidente do Sincomercio fala em queda de contratações para o Natal em Rio Preto

O presidente em exercício do Sincomercio, Ricardo Ismael, afirmou que o Natal de 2025 deve ter uma queda significativa no número de contratações em relação a 2024. Segundo o Sincomercio, o alto custo para manutenção dos funcionários e os investimentos em automação por parte dos empresários é o que está por trás da movimentação. Ou melhor, da falta dela.

“A crise está afetando o setor do comércio. A empresa não está aguentando, devido aos custos altos e o primeiro corte que ela faz, é o funcionário. Com isso, eles colocam familiares para trabalhar informalmente ou, até mesmo, os próprios donos passam a ficar nessa linha de frente. As grandes empresas acabam informatizando tudo, tirando de vez a vaga do funcionário físico”, afirma o presidente.

“Vai ser o mínimo de contratações, se elas existirem. O objetivo do empresário, hoje, é manter os empregados que já tem e ‘um ou outro’ contratar para reposição. Se conseguirmos manter este cenário, a gente já considera positivo”, ressalta.

SUGESTÕES

O empresário ainda propõe uma série de ações para tentar fomentar a economia local, uma vez que, segundo uma pesquisa da NielsenIQ, de 2024, apontou que metade da população brasileira já compra pela internet, pelo menos uma vez por mês.

“Se não fomentarmos o comércio local, as lojas físicas, a tendência é diminuir cada vez mais”, diz Ricardo Ismael. Para ele, é necessário fazer campanhas de valorização do comércio; oferecer linhas de crédito facilitadas ou parcerias com bancos locais aos empresários para reforçar estoque; melhorar iluminação, segurança e transporte no centro e áreas comerciais, atraindo mais consumidores; estimular a instalação de decoração natalina para tornar os pontos comerciais mais atrativos; usar as redes sociais da Prefeitura para divulgar oportunidades de emprego temporário; criar um banco de talentos municipal: trabalhadores se cadastram e lojistas acessam facilmente; e estimular empresas de outros municípios a abrirem filiais temporárias na cidade durante as festas.

Ainda conforme o dirigente, é necessário investir na capacitação de mão de obra. “O cenário não é dos melhores. Porém, em muitas situações, quando o empresário busca uma contratação, ele encontra dificuldade na mão de obra. A maioria das pessoas prefere trabalhar na informalidade, como Uber, por exemplo, do que ter carteira assinada e horário para cumprir. Isso também atrapalha o giro da economia”, finaliza o Presidente do Sincomercio.