Conmebol define os potes para o sorteio da Libertadores de 2026
Com título da Copa do Brasil definido, veja como ficam os potes da próxima Libertadores; Mirassol fica no pote 4, mas não pode enfrentar brasileiros na primeira fase

O título do Corinthians pela Copa do Brasil, além de garantir uma bela verba de final de ano e muita festa para os torcedores, definiu o cenário para o sorteio da fase de grupos da Libertadores de 2026. O Timão fica no pote 2 do sorteio, com outro time brasileiro, o Cruzeiro, e pode cair num grupo de um gigante, como o Boca Juniors, ou de algozes de outros anos, como o Independiente del Valle, do Equador.
Isso porque a Conmebol proíbe a presença de dois times do mesmo país na fase de grupos do torneio. Portanto, o Corinthians não pode enfrentar Flamengo, Fluminense, Palmeiras ou mesmo o Mirassol. O Leão, inclusive, tem somente uma certeza sobre o sorteio, que ocorrerá em março de 2026: não irá enfrentar nenhum time do mesmo país.
Isso porque o Mirassol está no pote 4 do sorteio, que ainda conta com o Universidad Central, da Venezuela (VEN), Platense e Independiente Rivadavia, da Argentina, além de quatro equipes que vêm da fase classificatória da Libertadores (mais conhecida como pré-libertadores). Como essas equipes entraram direto na fase de grupos, elas têm um bloqueio, que as impede de jogar contra equipes do mesmo país.
Os potes são definidos com base na pontuação da equipe segundo o Ranking da Conmebol, que considera o desempenho do time nos últimos dez anos em competições internacionais, títulos nacionais e o histórico da equipe.
No entanto, as equipes que entram pela pré-libertadores, são consideradas, ao menos do papel, como times “sem nacionalidade” e que podem cair em qualquer grupo do sorteio. No caso do Mirassol, Bahia e Botafogo podem se classificar, mas, como estão no mesmo pote do Leão, não podem estar na mesma chave que o Auriverde.
DIVISÕES
No pote 1 estão, além do campeão da Libertadores, Flamengo, Palmeiras, atual líder do ranking, Fluminense, Boca Juniors, Peñarol e Nacional, do Uruguai, LDU e Independiente del Valle, do Equador.
No pote 2, além de Corinthians e Cruzeiro, estão Libertad (PAR), Estudiantes (ARG), Cerro Porteño (PAR), Lanús (ARG), Bolivar (BOL) e Universitario (PER).
No pote 3 estão Junior Barranquilla (COL), Universidad Católica (CHI), Rosário Central (ARG), Independiente Santa Fé (COL), Always Ready (BOL), Coquimbo Unido (CHI), Deportivo La Guaira (VEN) e Cusco (PER).
PRÊMIO
Os R$ 97,8 milhões que serão destinados ao Corinthians pelo título da Copa do Brasil serão importantíssimos para o clube, mesmo que seja para dar passos pequenos no caminho de reconstrução financeira. Ainda no gramado do Maracanã, o presidente Osmar Stábile explicou que uma fatia do dinheiro será destinada ao pagamento de premiações aos jogadores.
"Se Deus quiser, assim que a gente receber o dinheiro da premiação, nós também vamos acertar as premiações dos jogadores", disse o dirigente. O clube ainda deve parte dos bônus prometidos aos atletas pelas classificações nas quartas e nas oitavas de final do torneio. Além disso, a semi e o título geraram novos prêmios.
Stábile também garante que o Corinthians vai estar livre para fazer contratações até o dia 10 de janeiro. Atualmente, o clube está punido com um transfer ban da Fifa, em razão de dívida de R$ 33 milhões com o Santos Laguna pela compra do zagueiro Félix Torres, e não pode registrar atletas desde agosto.
“O Corinthians vai resolver seus problemas. Vamos fechar o ano, coisa que faz muitos anos que não acontece, com direito de imagem tudo em dia, salário tudo em dia, décimo terceiro tudo em dia”, concluiu.
Três dias antes da final, o Corinthians divulgou um balancete indicando um déficit de R$ 204,2 milhões até outubro. A previsão orçamentária para 2026, aprovada pelo Conselho Deliberativo no início da semana, projeta o clube fechando o ano no azul, com superávit de R$ 12 milhões e Ebitda de R$ 320 milhões.
Mesmo com a classificação para a Libertadores, o Corinthians tem uma previsão de enxugar custos com o futebol para 2026. O objetivo é diminuir de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões, queda de R$ 81 milhões. Somado a outros custos, como despesas com serviços e jogos, o corte total no futebol chegaria a R$ 90 milhões.
Ao incluir a folha de pagamento geral, com a inclusão de outros setores do clube, a redução prevista se mantém na mesma porcentagem: de R$ 505 milhões para R$ 410 milhões.
O Corinthians também estabeleceu uma meta de arrecadar R$ 151 milhões com a venda de jogadores. Alguns atletas da base, como o meia Breno Bidon e o atacante Gui Negão, são observados por clubes da Europa e podem ser negociados. O goleiro Hugo Souza e o atacante Yuri Alberto também podem receber propostas de times do Velho Continente. (Com Agência Estado)