Justiça autoriza quebra de sigilo de cartões
A pedido do Ministério Público (MP), a juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro autorizou a quebra de sigilo dos cartões de crédito corporativos do Corinthians, conforme informado inicialmente pelo GE e confirmado pelo Estadão. Tal movimentação faz parte da investigação, liderada pelo promotor Cássio Roberto Conserino, para apurar supostos gastos indevidos no clube entre 2018 e 2025, durante as gestões de Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo.
Na terça-feira, 16, o Corinthians informou, por meio de nota oficial, que entregou todos “os documentos solicitados pelo MP relativos aos cartões de crédito e relatórios de despesas”.
O entendimento da promotoria, contudo, é de que o clube demorou para enviar os documentos solicitados. Ao atender o pedido, na terça, a diretoria corintiana encaminhou os relatórios e faturas de forma online ao promotor.
Mais de uma vez, ao fornecer explicações, o clube disse que houve furto de documentos no dia 31 de maio, quando Augusto Melo, então afastado e hoje destituído, invadiu a sala de presidência acompanhado de aliados e tentou retomar o poder por meio de liminar.
Além da quebra de sigilo bancário do Corinthians, Márcia Oshiro, que integra a 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, autorizou a quebra de sigilo do Oliveira Minimercado, estabelecimento suspeito de emitir notas frias ao clube. A empresa tenta impedir a medida judicial por meio de habeas corpus. Apenas na última semana de outubro de 2023, o Corinthians gastou R$ 32,5 mil no Oliveira Minimercado, cujo endereço não consta “qualquer comércio ou resquício de comércio”.