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Tecnologia amplia combate à violência contra mulheres

Integrado ao monitoramento, o aplicativo SP Mulher Segura, lançado em março de 2024,  reúne diversas funcionalidades digitais; botão do pânico foi acionado mais de 900 vezes

por Redação
Publicado em 20/08/2025 às 21:52Atualizado em 21/08/2025 às 01:50
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“Alô. Aqui é da Polícia Militar. Sua tornozeleira eletrônica está descarregando. Carregue imediatamente”. Esse é o recado que o cabo PM Luanque dos Santos costuma mandar por telefone, de dentro do Centro de Operações da PM de São Paulo, a homens tornozelados por violência contra a mulher. Além da mensagem direta ao agressor, o recado é um exemplo de como as forças de segurança em São Paulo atuam para garantir que medidas protetivas em defesa da mulher sejam cumpridas e uma demonstração do monitoramento 24h de possíveis violações. E a tecnologia tem sido uma das principais aliadas para fazer valer a defesa da mulher enquanto política pública no estado.

A evolução dos serviços de proteção à mulher é tema da série de reportagens 40 Anos de Proteção às Mulheres, produzida pela Agência SP neste Agosto Lilás para relembrar os 40 anos de inauguração da primeira Delegacia de Defesa da Mulher do Brasil.

"Em São Paulo, a tecnologia tem sido grande aliada na defesa da mulher. Com tornozeleiras eletrônicas de georreferenciamento, monitoramos agressores em tempo real, as cabines lilás oferecem atendimento imediato, e o app SP Mulher Segura conecta cada mulher à rede de proteção do Estado com rapidez e autonomia. Juntas, essas soluções reforçam nosso compromisso com a segurança e a dignidade de todas”, diz a Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher.

Entre os avanços que marcam os 40 anos de Proteção às Mulheres em SP, uma das iniciativas mais destacadas é o uso de tornozeleiras eletrônicas para monitoramento de agressores com medidas protetivas em vigência. Atualmente, 155 suspeitos na capital são rastreados 24 horas pelos sistemas da Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP). Violações são respondidas com acionamento imediato da Polícia Militar e contato direto com a vítima, o que já resultou na prisão de 55 agressores até junho de 2025.
Integrado ao monitoramento, o aplicativo SP Mulher Segura, lançado em março de 2024, reúne diversas funcionalidades digitais. Além do botão do pânico, que foi acionado mais de 900 vezes em um ano desde o lançamento, a plataforma possibilita a emissão de boletim de ocorrência online (mais de 800 registros em doze meses) e cruzamento automático da geolocalização da vítima com a do agressor monitorado por tornozeleira. Em situações de risco, o Centro de Operações (Copom) é acionado e viaturas se deslocam imediatamente.

(Com Agência SP)