61 anos do Festival do Folclore de Olímpia
O FEFOL é hoje uma plataforma integrada de cultura, turismo, educação e economia criativa

Celebrar os 61 anos do Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL) é reconhecer mais do que o valores de nossas manifestações populares. É fomentar a preservação cultural e de identidade regional em todo nosso país. Ao longo de seis décadas, o FEFOL percorreu o caminho que vai de “mostra escolar”, apresentação em praça pública, até a realização do evento em recinto próprio, equipado com toda infraestrutura para receber grupos das cinco regiões brasileiras.
Essa transição demandou planejamento, recursos e execução. Hoje, o festival opera com hospedagem em hotéis e pousadas, de 1500 figurantes, palco e camarins adequados, estacionamento, anfiteatro e instalações para oferta de bebidas e alimentação.
A retomada dos Anuários do FEFOL que sistematiza partituras, coreografias e depoimentos, enquanto o Anuarinho converte esse conteúdo em linguagem acessível para o público infantil, registra no tempo e oferece material educativo a toda população.
A implantação do Museu do Folclore, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, viabilizou uma mostra permanente do folclore nacional e resultou em material didático que transformou Olímpia em referência para redes públicas de ensino.
Os resultados econômicos podem ser mensurados, pois atrai 180 mil visitantes, gera receita expressiva na hotelaria e no comércio locais e cria centenas de empregos temporários qualificados. Esses números posicionam Olímpia como âncora de um evento cultural específico, e também consolida o município como polo de turismo cultural.
A cultura popular dessa forma não se manifesta apenas como patrimônio afetivo, mas ferramenta efetiva de desenvolvimento regional e promove o real nacionalismo brasileiro. Os últimos oito anos demonstram que, quando a cultura popular recebe gestão profissional, ela se torna motor de inovação social, dinamiza a economia e reforça o senso de pertencimento regional.
O FEFOL é hoje uma plataforma integrada de cultura nacional, turismo, educação e economia criativa — um legado que orgulhosamente o povo olimpiense entrega ao Brasil. Preservar nossas raízes é essencial, para que esta grande árvore, com seus muitos galhos, continue com sua identidade própria de nosso amado Brasil.
Fernando Cunha
Ex-prefeito de Olímpia, empresário, engenheiro, foi presidente da CESP, deputado estadual e secretário de Estado