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Caiu na rede é peixe!

Parece que, da noite para o dia, todos adquiriram experiência e muito conhecimento

por Shirtes Pereira
Publicado em 02/12/2025 às 19:42Atualizado em 03/12/2025 às 09:57
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Eita, mundo moderno... será? Todos estão dizendo. Mas é verdade mesmo!!!

Fique atento, procure analisar isso com maiores detalhes. Vale recordar que, há bem pouco tempo atrás, se vendia a “ideia da facilidade”, principalmente devido às novas tecnologias (internet) e os movimentos da IA. Hoje, já estão falando em “cautela”, que a coisa não é bem assim. É preciso ter cuidado, porque nem tudo é o que parece ser ou que dizem ser.

Agora mesmo, é só você entrar na sua internet que tudo estará disponível sob o seu algoritmo. No entanto, ao mesmo tempo você poderá perceber que tem muitas, milhares de situações e ponderações que um breve raciocínio é capaz de fazer você separar o joio do trigo.

Estamos assistindo e nos permitindo uma verdadeira enxurrada de pessoas e sugestões, possibilidades e impossibilidades, no Instagram, Facebook, Google, WhatsApp, tráfego pago, leads... não faltam professores, gestores, orientadores de toda ordem de negócios e processos. Eles pedem que você entre em “links”, mande um “direct”, todo mundo trazendo sugestões, opiniões, etc., etc., etc.

Parece que, da noite para o dia, todos adquiriram grande experiência e muito conhecimento, se transformaram em experts de tarefas, produtos ou serviços. É um show de oportunidades imperdíveis, o verdadeiro “pulo do gato” do negócio, que você não pode perder. Um horror!!!

No campo dos seguros, minha praia, podemos afirmar que tem muita gente falando e propondo os mais variados tipos de negócios ou ações, mas acabam utilizando de conceitos que não condizem com a nossa realidade ou disponibilidade, e que se agravam com os mecanismos “facilitadores” que insinuam. E é nesse sentido que estamos aqui para promover uma maior reflexão.

A profissão do corretor de seguro foi regulamentada pela Lei nº 4.594/64 e a Lei dos Seguros veio com o Decreto Lei nº 73, de 1966. Somos a 9ª economia mundial, mas a 34ª em seguros.

A questão cultural do mercado de seguros persiste e a entrada de novos players, concorrentes e ou agentes, não estão conseguindo alterá-lo. Nem a vinda do franchising e a aproximação da sucessão no âmbito da indústria (seguradoras) e da distribuição (corretoras) estão sendo suficientes para a tão aguardada e necessária evolução e/ou direcionamento profissional/empresarial. Estamos tomando um caminho comum ou, para ser mais objetivo, errado, valorizando apenas o sentido mais vil do processo.

Ainda estamos assistindo a falsas promessas, agora online. O regime de franchising (marketing multinível) deveria vir como um upgrade do produtor autônomo, que marcou a primeira expansão do produto seguro, quando a distribuição deixou de estar nas mãos da indústria. O que vemos é tão somente um mecanismo de atratividade mercantilista e oportunista.

Shirtes Pereira

Bacharel em Economia e Administração de Empresas, Empresário Corretor de Seguro - SUSEP