Menos espetáculo e mais significado
Eventos assumem um papel estratégico para marcas que desejam fortalecer posicionamento

Em um mercado cada vez mais digitalizado, competitivo e ruidoso, eventos têm se destacado ao assumir um papel estratégico para marcas que desejam fortalecer posicionamento, construir autoridade e gerar negócios reais.
Com a saturação dos canais digitais, encontros presenciais tornaram-se um diferencial competitivo ao entregar o que nenhum anúncio ou campanha online consegue: conexão humana genuína, conversas profundas e experiências que permanecem na memória.
Após sofrer com a pandemia, que levou ao cancelamento de eventos em todo mundo, o setor viu ressurgir megaeventos, com público acima de cinco mil pessoas. Programações infladas, presença exagerada de influenciadores e pouca curadoria de conteúdo acabaram reduzindo o impacto e a qualidade da audiência.
O setor se volta agora para encontros menores, mais nichados, com público altamente qualificado e foco absoluto em conteúdo que agrega valor.
Ao reunir decisores, especialistas e potenciais parceiros em ambientes cuidadosamente planejados, eventos enxutos favorecem negociações, trocas estratégicas e geração de leads de alta qualidade. O público certo se encontra, conversa e toma decisões. Isso representa eficiência, assertividade e ROI mensurável, três pilares essenciais para qualquer empresa em busca de uma reputação sólida.
O próximo ciclo de eventos será guiado por quatro grandes tendências. A primeira é a criação de experiências imersivas com cenografias sensoriais, tecnologias interativas e narrativas que transformam o ambiente em extensão do propósito da marca.
A segunda é a personalização inteligente. Com uso de dados e IA, cada participante passa a ter uma jornada adaptada a seus interesses, aumentando o engajamento e a percepção de valor. A terceira tendência reforça um compromisso crescente com sustentabilidade, algo que pesa cada vez mais nas decisões do consumidor e dos investidores.
Temos ainda a lógica da continuidade. Eventos deixam de ser ações pontuais e passam a formar ecossistemas, comunidades e séries de encontros estruturados ao longo do ano. Esse movimento representa uma oportunidade estratégica para as marcas. Em vez de investir em ações dispersas, as marcas podem construir plataformas próprias de relacionamento, fortalecendo vínculos com clientes, parceiros, colaboradores e públicos-chave. O evento deixa de ser um momento isolado e passa a ser um ativo de marca.
Menos espetáculo e mais significado. Menos volume e mais valor.
O futuro dos eventos pertence às marcas que entenderem que experiência não é sobre barulho, é sobre impacto. E impacto se constrói com propósito, relevância e a coragem de criar encontros que realmente transformam.
Giseli Marchiote
COO Live Marketing da Marsala Marketing