Diário da Região
ARTIGO

Segurança cibernética moderna

A questão deixou de ser “se” e passou a ser “quando” um incidente ocorrerá

por João Fuzineli
Publicado em 05/12/2025 às 19:52Atualizado em 06/12/2025 às 11:57
João Fuzineli (Divulgação)
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João Fuzineli (Divulgação)
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A dependência crescente de sistemas digitais tornou a segurança cibernética um fator crítico de continuidade operacional. Hoje, qualquer empresa, independentemente do porte, está exposta a ataques automatizados que exploram vulnerabilidades em alta velocidade. A questão deixou de ser “se” e passou a ser “quando” um incidente ocorrerá, e o impacto pode ir de paralisações pontuais até a completa interrupção das operações.

Os criminosos utilizam ferramentas avançadas, muitas vezes apoiadas por Inteligência Artificial, capazes de mapear brechas e lançar ataques coordenados de forma massiva. Nesse contexto, respostas manuais e modelos tradicionais de defesa já não acompanham o ritmo das ameaças. O cenário exige uma abordagem integrada, contínua e orientada a dados.

É por isso que o conceito de Centro de Operações de Segurança ganhou protagonismo. Em um SOC moderno, o monitoramento é baseado em plataformas de análise que consolidam registros de endpoints, redes, aplicações e serviços em nuvem. Soluções de nova geração correlacionam milhões de eventos, identificando comportamentos anômalos a partir de modelos de machine learning, que aprendem o padrão de funcionamento da organização e apontam desvios sutis que indicam comprometimento.

Outro componente essencial é a automação da resposta, viabilizada por sistemas de orquestração e automação de segurança. Esses mecanismos executam roteiros pré-programados, isolando dispositivos, bloqueando chaves de acesso e mitigando vetores de ataque em segundos. A eficiência dessa automação reduz drasticamente a janela de exposição, que é justamente o intervalo explorado pelo atacante para escalar o dano.

O terceiro pilar é a inteligência de ameaças, que fornece contexto estratégico e tático sobre campanhas em circulação, vulnerabilidades recém-exploradas e técnicas de ataque emergentes. Com esse recurso, as empresas deixam de atuar de forma reativa e passam a adotar uma postura de defesa antecipatória, ajustando suas políticas de segurança conforme a evolução do ecossistema de ameaças.

Quando combinados, SOC, automação e inteligência de ameaças transformam a segurança cibernética em um elemento estratégico, capaz de preservar receita, reputação e continuidade operacional.

A mensagem para o mercado é clara: sem segurança moderna, qualquer empresa pode sucumbir a um único ataque. Com os 3 pilares, ganha-se resiliência e a capacidade de manter o negócio vivo em um ambiente digital cada vez mais hostil.

João Fuzineli

CTO – [CYLO] Cyber Loss Prevention