'Liga'

Sobre a reportagem "'Liga da Justiça' vai reprimir festas com adolescentes regadas a álcool", a população também pode ajudar denunciando. Muitas festas desse tipo são programadas em lugares escondidos, que só conseguem ser alcançados com apoio da sociedade e condôminos. São realizadas em chácaras e lugares isolados e sem sinal de internet. Vamos ajudar a segurança pública também.
Parabéns pela reativação do programa de combate, e que cada dia tenhamos melhores notícias nessa cidade.
Vanessa Nascimento, via Instagram
Contradição
A diplomacia, concebida como principal instrumento de resolução pacífica de conflitos internacionais, encontra-se frequentemente desacreditada diante da realidade das guerras modernas, especialmente quando países autodeclarados democráticos recorrem à força militar contra outras nações. Nesses casos, a falha da diplomacia não se dá apenas pela ineficácia de negociações, mas revela também uma contradição entre os valores democráticos que tais países dizem defender e suas ações no cenário internacional.
Historicamente, a diplomacia sempre foi vista como meio de evitar confrontos armados por meio do diálogo e da mediação. Contudo, a prática mostra que, diante de interesses econômicos ou estratégicos, mesmo democracias consolidadas recorrem à guerra. A invasão do Iraque em 2003, liderada pelos EUA com apoio de outras democracias ocidentais, é emblemática.
Alegando a existência de armas de destruição em massa, depois desmentida, os EUA ignoraram os mecanismos da ONU e lançaram uma ofensiva que resultou em milhares de mortes civis e na desestabilização do Oriente Médio.
Essa atitude revela não apenas a falência da diplomacia, mas também o uso seletivo do discurso democrático. A promoção da liberdade e dos direitos humanos torna-se frágil diante de interesses nacionais.
Assim, a falha diplomática em tempos de guerra, especialmente promovida por democracias, é reflexo da incoerência entre discurso e prática. A guerra torna-se, paradoxalmente, um instrumento de regimes que deveriam prezar pelo diálogo. Enquanto a diplomacia seguir subordinada ao poder e ao interesse, sua eficácia será limitada, e o diálogo, abandonado antes mesmo de ser tentado.
Marcus Aurelio de Carvalho, Santos