Diário da Região
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Arprom

por Da Redação
Publicado em 26/08/2025 às 00:07
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A Associação Riopretense de Promoção do Menor (Arprom) manifesta nossos sinceros agradecimentos pela excelente reportagem publicada sobre o concurso da bandeira ("Concurso em Rio Preto elege bandeira para representar a Arprom", dia 22/8).

O conteúdo ficou excelente e transmitiu com clareza e precisão o significado e a importância que a bandeira tem para todos nós. Ficamos muito felizes com a repercussão e o espaço dado à nossa instituição.

Waldemar Brentan, presidente da Arprom

Inadimplência

O brasileiro vive preso a um ciclo de dívidas sem fim. Um drama silencioso e devastador da inadimplência crônica. Os números divulgados pela CNDL e pelo SPC Brasil não deixam margem para interpretações otimistas. Em julho de 2025, mais de 83% dos consumidores negativados já eram reincidentes. Ou seja: caíram na mesma armadilha da dívida, e não conseguiram se livrar dela. É o retrato fiel de um ciclo vicioso que aprisiona milhões de brasileiros.

A maioria dos reincidentes, 61,58%, nem sequer conseguiu pagar as dívidas antigas antes de voltar a ser negativada. Em outras palavras, mal conseguem respirar entre uma cobrança e outra. O tempo médio até que uma nova dívida vença após a anterior é de 74 dias. Dois meses e meio. Isso não é um lapso; é uma condenação.

A cada boletim, fica claro que o problema não está apenas no consumidor que "não sabe se planejar". Está em um sistema de crédito cruel, que cobra juros escorchantes, fecha portas na cara de quem mais precisa e transforma pequenas pendências em dívidas impagáveis.

Não por acaso, quase um terço das dívidas não passa de R$ 500. Pequenas, sim — mas fatais quando somadas à usura e à falta de alternativas.

É inegável que o país convive com 42,91% da população adulta inadimplente. Quase metade! E o Estado, onde está? Onde estão as políticas de educação financeira que não sejam mera retórica? Onde estão os mecanismos de crédito justo, que deem fôlego ao trabalhador em vez de sugá-lo até a exaustão?

Não basta repetir chavões sobre "consumo responsável". O problema é estrutural. E sem medidas firmes, continuaremos assistindo a uma multidão sendo empurrada para a marginalização financeira

Gregório José, Muriaé (MG)