Campanha

Senhor prefeito, duas perguntas. Não foi assumido compromisso de cancelar empréstimo com a Caixa Econômica? Por que assumir um com valor bem maior, falando que é para "obras" no futuro? O futuro se faz com o dinheiro da verba colocada à disposição no ano anterior, votada pelos vereadores. Diminuiria o gasto supérfluo.
Agora manda para Câmara as "miniprefeituras". Quanto vai custar isso para a população?
Senhor prefeito, eu votei nas suas propostas e muitos votaram nas propostas ditas pelo candidato. Não deve mudar. Ainda confio na sua palavra de campanha.
Benizio Lopes de Oliveira, Rio Preto
Editorial
Leitor do Diário há mais de 50 anos, só uma palavra para o editorial de 21/9: perfeito. O poder emana do povo.
Adilson Campos, Fernandópolis
Abismos
No aspecto religioso, podemos citar a distância entre Lázaro e o homem rico do Evangelho (cf. Lc 16, 19ss). O primeiro, tem nome e o segundo, anônimo e sem identidade, querendo ficar distante de Lázaro, um pobre e excluído do contexto social. Entre os dois, por causa da posição vivida na sociedade, era quase impossível tramar relações de convivência, que proporcionasse vida fraterna.
As diferenças são muito saudáveis, porque revelam o valor da diversidade cultural entre as pessoas, evidenciando os dons que cada um tem. Deixam de ser totalmente saudáveis quando criam e provocam abismos no âmbito social e econômico, formando níveis de posições desumanas, quando uns passam a excluir outros. Lázaro não podia nem comer das sobras das fartas mesas do homem rico.
O mundo das mentiras e fraudes é formado por inúmeros abismos, provocadores de medo na população. O profeta Amós já condenava aqueles que enganavam o povo nas diversas formas de corrupção. Ele nomeia os chefes políticos e todos aqueles que agem por interesses pessoais e não em vista do bem do povo, os grandes poderosos, a todos que dormem em “camas de marfim” (Am 6,4).
A opção egoísta detona a dignidade da pessoa, porque é caminho fatal de abismos. Quanto a isto, a Palavra de Deus é bem clara, quando diz que o homem rico e o pobre Lázaro tiveram o mesmo fim, ambos morreram e foram sepultados na mesma terra, mas não o mesmo destino. Lázaro foi para o seio de Abraão e o homem rico para os tormentos eternos (cf. Lc 16,22ss).
Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba