Memória

Venho, por meio desta carta ao Leitor, parabenizar e agradecer ao Prof. Dr. João Paulo Vani pela publicação do artigo “Arquivos, memória e vulnerabilidade digital”, na edição de domingo, 19 de outubro. Como historiador e pesquisador da História de São José do Rio Preto, senti no meu dia a dia o resultado da invasão digital que afetou diretamente a Hemeroteca Prof. Dario de Jesus, criada pelo esforço e pela credibilidade da professora Dinorath do Valle.
Dr. Vani levanta uma questão que, como interessado direto, tive o receio de estar “legislando em causa própria”. A primeira leva de jornais digitalizados aconteceu no segundo mandato do prefeito Edinho Araujo, quando levei ao secretário de Cultura, Pedro Ganga, uma coleção com 200 exemplares d’O Porvir (do nº 50 ao nº 250) que me foi doada por Adolpho José Guimarães Corrêa e sua irmã Conceição, netos do coronel Adolpho Guimarães Corrêa, fundador do jornal em julho de 1903. Hoje, essa coleção física pertence à hemeroteca, local apropriado para a sua guarda, e está digitalizado graças ao serviço da fotógrafa Néia Rosseto.
Durante a administração de Fernando Marques à frente do Arquivo Municipal, um grande volume de jornais foi digitalizado. A Notícia foi 100%, assim como jornais antigos com O Poder Moderador, A Cidade, O Município, A Folha, Diário da Araraquarense, Correio dos Esportes, Diário da Tarde e Dia e Noite. Pequeníssima parte do Diário da Região e da Folha de Rio Preto também está no digital, mas ainda falta muito.
Dr. Vani tem razão em cobrar dos administradores a digitalização de todo o acervo da hemeroteca. Se for por falta de verba, deixo uma sugestão ao prefeito Fábio Candido: junte os historiadores e pesquisadores, forme um conselho pro bono com a missão de cuidar e preservar a nossa história e buscar os recursos necessários, junto à sociedade, para a digitalização de todo acervo a hemeroteca. Rio Preto do futuro agradecerá este gesto de grandeza.
Lelé Arantes, Rio Preto
Segurança
Sábado, 18, às 6h, sou acordada com os latidos insistentes da minha cachorra caramelo. Ao verificar o que estava ocorrendo, ouço vozes de invasores dentro do imóvel desocupado, que fica ao lado de minha casa. Às 6h35 decido ligar para o 190 e solicito ajuda. As vozes continuam, seguidas de quebradeira. Ligo para uma das proprietárias, mas não sou atendida.
Transcorridos 30 minutos, ligo novamente para a Polícia Militar e reclamo da demora no atendimento. Às 7h21, deparo com os meliantes deixando o local e carregando objetos de ferro, parecidos com janelas. Em seguida, surge 2 viaturas e 6 policiais e informo o trajeto seguido por eles.
Final da história: os meliantes fugiram e eu fiquei muito desapontada com a ineficiência da nossa Polícia Militar.
Mirian L. R. Marim, Rio Preto