Mês Vocacional

Todo ano no Brasil, agosto é escolhido como Mês Vocacional. As liturgias dominicais exploram as diversas vocações que preenchem as atividades pastorais de sua caminhada. Estamos terminando o exercício desta prática, quando vivenciamos o tema proposto para este ano de 2025, “Peregrinos porque chamados”. Tema sintonizado com o Jubileu Bíblico da Esperança, “Peregrinos de Esperança”.
Dou ênfase ao Ministério Catequético. O Papa Francisco deu um especial destaque para esse importante Ministério na vida da Igreja. Até então, não tinha esta configuração de “Ministério”, como acontece com o antigo Ministério do Leitorado e do Acolitado. A intenção foi, não só de valorizar o trabalho generoso dos catequistas, mas também para dizer que fazem serviço em nome da Igreja.
A Igreja precisa valorizar esse importante Ministério na sua pastoral, valorizar os catequistas, porque é trabalho voluntário e com dedicação na catequese. Pessoas que sentem o impulso evangelizador e se colocam, iluminados pelo Espírito Santo, a serviço da Palavra inspirada de Deus, comunicam e semeiam o amor e a fé nos corações de tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos.
É grande todo aquele que se coloca de modo simples no serviço do irmão. Isto reconhece a identidade do catequista, de um serviço despojado de interesse econômico, todo imbuído do espírito vocacional, de inspiração divina. Para Jesus, “quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado” (Lc 14,11). Dizemos que os catequistas não são grupo de privilegiados, mas servidores.
Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba
Ditadura
Reconheço que não sou especialista em política estadunidense, mas nós, brasileiros, conhecemos de perto como uma democracia é destruída. Na campanha de Donald Trump, já havia sinais.
Aos poucos, entre conivência e perplexidade, consolidou-se um caminho acelerado para um governo autoritário. Trump declarou: “Muita gente está dizendo que talvez gostaríamos de um ditador”, e ameaçou cassar concessões dos canais de televisão ABC e NBC por discordar da cobertura jornalística.
Esses não são fatos isolados; diversos atos mostram que seu objetivo vai além da presidência, flertando com a autocracia. No Brasil, aprendemos que a democracia não se destrói de uma só vez, mas em pequenas doses, até que não haja mais volta.
Marcus Aurelio de Carvalho, Santos