O futuro é humano: tecnologia com propósito e cuidado
A ilusão de produtividade constante pode sufocar o que temos de mais precioso: a saúde mental

Vivemos uma era de transformações aceleradas, onde a tecnologia se tornou protagonista na vida pessoal e profissional. Inteligência artificial, automação, big data e conectividade moldam um novo cotidiano, mas em meio a algoritmos e avanços digitais, uma certeza se fortalece: o futuro é, e continuará sendo, profundamente humano. E tenho ouvido e visto isso em cada evento, fórum, workshop que participo.
A tecnologia tem revolucionado áreas essenciais como saúde, educação e mobilidade. Segundo a OMS, a telemedicina já ampliou o acesso à saúde em mais de 60% das regiões remotas. Plataformas de ensino digital aumentaram o desempenho escolar em até 30%, segundo dados da Unesco. Ferramentas de IA já otimizam diagnósticos médicos e até auxiliam em processos criativos. É inegável: a tecnologia salva tempo, vidas e amplia oportunidades.
Mas, com tantos benefícios, surge um alerta. Um estudo da Universidade de Stanford mostra que o tempo médio de exposição às telas ultrapassa 7 horas diárias em adultos. Além disso, o burnout digital é realidade em 48% dos trabalhadores conectados, segundo pesquisa da Deloitte. A pressa, a hiperconexão e a ilusão de produtividade constante podem sufocar o que temos de mais precioso: nossa saúde mental, nossa empatia e nossas relações.
Por trás de cada inovação, há pessoas. Engenheiros, designers, educadores, e principalmente os profissionais de TI que usam a tecnologia como ferramenta e não como substituição. O diferencial está em como aplicamos esse recurso para ampliar o bem-estar humano, e não apenas para automatizar processos.
O futuro não será das máquinas, mas das pessoas que souberem usá-las com propósito. Precisamos de líderes conscientes, empresas empáticas e escolhas tecnológicas que respeitem o ritmo da vida. O equilíbrio entre inovação e humanidade é o melhor e deveria ser o único caminho.
No fim das contas, o que transforma o mundo não é o código, é quem escreve ele.
NOTAS
PRÊMIO
A Shift (foto), uma das principais empresas de tecnologia da informação para medicina diagnóstica da América Latina, com sede em Rio Preto, do empresário Marcelo Lorencin, conquistou mais um prêmio, o GPTW Tecnologia 2025. Vale ressaltar que ganhou todos os prêmios que concorreu nesse ano, de fato uma referência e orgulho para os rio-pretenses.
Quem também está em comemoração é a Unimed Rio Preto. Ganhando prêmios de destaque nos setores de serviços, atendimento ao cliente e melhores empresas para se trabalhar. A saúde tem investido forte em tecnologia e pessoas.
A Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da informação (Apeti) prepara para mais uma formatura dos bem-sucedidos projetos Start Tech e Galera Tech, projetos sociais que estão trazendo mão de obra de qualidade para o mercado e levando oportunidade para os que não tem acessos, mas tem paixão pelo mundo tech. Vale destacar o trabalho das diretoras sociais da Apeti, Yonei Scotelari, Lygia Alibert e Eliane Soeiro.
O IFSP (Instituto Federal de São Paulo) Rio Preto levou uma equipe com 10 alunos para competir no Torneio de Robótica (TRIF), no último sábado, 29, em Votuporanga. Eles foram selecionados entre 70 estudantes e representaram nossa região pela primeira vez nesse torneio.
Você Sabia?
Os profissionais de TI de Rio Preto e região possuem um grupo de Whatsapp que, além de colaboração mútua e troca de experiências, é possível ver a unidade desse setor fluindo entre lições, risadas e muita humanidade.
Fabio Comparetti, hub do setor e um dos criadores do grupo, comenta que “se as empresas soubessem tudo o que os TIs representam de funcionamento dos processos, esses profissionais estariam como diretores como já tem acontecido.”
Para entrar no grupo você pode ser convidado por um participante, mas precisa estar atento as regras de não comercialização, sem falas políticas, religião e até de futebol, afinal o grupo é para transformar e conectar.