Ofensiva dos condomínios eleva pressão contra aumento do IPTU em Rio Preto
Lideranças de residenciais e de outros setores organizados convocaram a população para a sessão extraordinária da Câmara de Rio Preto desta quinta, 25, quando os vereadores vão votar o novo projeto do IPTU que, agora, prevê aumento de até 20%

A Câmara de Rio Preto vota nesta quinta-feira, 25, a partir das 8h, projeto de lei complementar do prefeito Coronel Fábio Candido (PL) que altera a planta genérica de valores utilizada como base de cálculo para a cobrança de IPTU.
A proposta do Coronel colocada em pauta é uma versão alterada do primeiro projeto, que resultaria em aumento de mais de 200% em determinados locais da cidade e acabou retirado pelo prefeito.
O novo texto prevê aumento para 2026 de no máximo até 20% em cima do valor cobrado neste ano, iniciativa que segue com posicionamento contrário de representantes de associações de moradores de condomínios de Rio Preto. Mesmo criando um "teto", o projeto é alvo de críticas de movimentos que prometem lotar as galerias da Câmara e seguir com mobilização nas redes sociais. Eles também afirmam que vão colocar outdoors espalhados pela cidade com a votação de cada vereador.
"Nossa intenção é que a sociedade saiba como cada um dos vereadores deu seu voto. E que eles assumam a responsabilidade caso votem a favor do aumento de 20% do IPTU, que vai doer no bolso dos moradores de nossa cidade', afirmou um dos líderes do movimento, Rogério Gardiano. O grupo reúne representantes de 46 associações de condomínios. No Instagram, houve também vídeos de moradores de bairros como Cecap e Vila Toninho protestando contra o projeto.
12 votos
O governo precisa de pelo menos 12 votos favoráveis para que o projeto passe. Para valer no próximo ano, a lei precisa entrar em vigor até 30 de setembro. Na tarde desta quarta, Coronel Fábio se reuniu com pelo menos 14 vereadores da base aliada e pediu apoio à proposta. A reportagem apurou que mesmo os parlamentares da base defendem um acordo para reduzir o percentual de aumento para algo em torno de 10%.
A reportagem encaminhou nesta quarta, por WhatsApp, pedido sobre como cada um irá votar. A maioria não respondeu. Afirmaram que irão votar a favor: Bruno Moura (PRD), Paulo Pauléra (PP) e Eduardo Tedeschi (PL). Votos contrários foram seis: Alexandre Montenegro (PL), Jean Dornelas (MDB), João Paulo Rillo (Psol), Renato Pupo (Avante), Odélio Chaves (Podemos) e Pedro Roberto (Republicanos). Bruno Marinho (PRD) e o presidente da Câmara, Luciano Julião (PL), disseram que estão analisando a proposta. Julião só deve votar em caso de empate.