Diário da Região
MINISTRO DO TURISMO 

Celso Sabino avisa a Lula que deixará governo

O governo deve manter a secretária-executiva, Ana Carla Machado Lopes, interinamente como ministra pelo menos até a COP-30

por Agência Estado
Publicado há 15 horasAtualizado há 5 horas
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O ministro do Turismo, Celso Sabino, avisou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que vai entregar a carta de demissão do cargo após o chefe do Executivo retornar de Nova York, onde ele participará da Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU). A previsão é que o petista retorne para Brasília até a próxima quinta-feira, 25, e que o encontro com Sabino ocorra no mesmo dia.

A tendência do governo é manter a secretária-executiva, Ana Carla Machado Lopes, interinamente como ministra pelo menos até a COP-30.

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, Sabino disse a Lula que possui agendas importantes nos próximos dias. O encontro entre os dois ocorreu na tarde desta sexta-feira, 19, e durou cerca de uma hora e meia. O ministro do Turismo deixou o Palácio da Alvorada sem falar com a imprensa.

Celso Sabino estava à frente do ministério desde agosto de 2023 e era da cota da bancada do União Brasil na Câmara. Nesta quinta-feira, 18, o União Brasil deu um ultimato para que os filiados deixem cargos no governo até o final desta sexta. Sabino é integrante do partido e possui mandato de deputado federal.

A decisão de Celso Sabino se dá após o União Brasil, partido ao qual ele pertence, determinar que todos os membros da legenda deixem a gestão federal.

Antes mesmo do ultimato dado pelo União Brasil, integrantes do governo Lula se queixavam que, apesar de controlar a pasta, o partido não garantia votos para pautas de interesse do governo no Congresso.

No dia 2 de setembro, a União Progressista (que reúne o PP e O União Brasil) anunciou o desembarque oficial do governo. Nesta quinta, a debandada foi acelerada pelo União, após notícias veiculadas pela imprensa associarem o presidente do União, Antonio Rueda, com uma facção criminosa. Rueda nega a relação e alega que a denúncia foi massificada por integrantes do Executivo.