O veneno da cobra-coral-verdadeira é considerado o líquido mais caro do mundo. Um mililitro dessa substância pode custar até R$ 60 mil, valor que, em pequenas quantidades, equivale ao preço de um carro novo.
O alto custo está ligado à raridade do animal, à complexidade do processo de extração e à demanda científica pelo composto. O veneno é usado em pesquisas que buscam desenvolver novos medicamentos, principalmente analgésicos e antídotos contra picadas de serpentes.
Líquido mais caro do mundo
De acordo com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), os valores citados são do mercado ilegal, já que a comercialização de venenos é proibida. A extração exige técnicas especializadas e equipamentos de segurança, o que limita o acesso e eleva os custos.
Apenas instituições autorizadas podem manipular o material, que precisa ser armazenado em condições controladas. Mesmo em pequenas quantidades, o veneno mantém alto valor devido à dificuldade de coleta e purificação.

Por que o veneno vale tanto?
O preço elevado resulta da combinação entre escassez e potencial biotecnológico. O veneno da coral contém proteínas raras usadas em pesquisas médicas, e sua obtenção requer manuseio cuidadoso para evitar riscos.
Cada cobra produz apenas pequenas quantidades, o que torna o processo lento e caro. Além disso, o transporte e a conservação precisam seguir normas rigorosas, com refrigeração e controle de segurança, o que encarece ainda mais o produto.
Quando estudos apontam possíveis aplicações terapêuticas, a procura por amostras aumenta e o preço sobe. Por essa razão, o material é considerado estratégico para o desenvolvimento de novos medicamentos.
Apesar disso, o comércio ilegal de venenos continua sendo uma ameaça, tanto à biodiversidade quanto à segurança humana. O controle rígido e a pesquisa em laboratórios autorizados são as únicas formas seguras e legais de lidar com esse líquido raro e valioso.





