Poucos sabem, mas Brasília abriga uma árvore que tem origem fora do planeta Terra. Conhecida como Árvore da Lua, ela foi germinada a partir de uma semente levada ao espaço durante a missão Apollo 14, em 1971.
O experimento foi conduzido pelo astronauta Stuart Roosa, que transportou centenas de sementes com o objetivo de estudar como a gravidade zero e a radiação afetariam o processo de germinação.
Após o retorno da missão, as sementes foram cultivadas pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos, e parte delas foi enviada a diferentes países, entre eles o Brasil. No território brasileiro, três exemplares foram plantados: um em Santa Rosa (RS), outro em Cambará do Sul (RS) e o terceiro em Brasília, onde foi colocado no bosque do Ibama em 1980.
O plantio contou com a presença de autoridades brasileiras e norte-americanas, simbolizando a cooperação entre as nações e a celebração do bicentenário dos Estados Unidos. Desde então, a árvore se tornou um marco histórico e um ponto de interesse para visitantes e servidores do instituto.

Símbolo de preservação e marco da era espacial
A Árvore da Lua pertence à espécie Liquidambar styraciflua, também conhecida como Sweet Gum, nativa do sul dos Estados Unidos e de clima temperado. A espécie pode viver cerca de cem anos e é reconhecida por seu porte e formato característico. Em 2011, o Ibama declarou a árvore imune ao corte, medida que garante sua preservação e reforça seu valor simbólico e científico.
Atualmente, a árvore é um dos pontos mais fotografados do Ibama, com uma placa informativa que explica sua origem e importância. Além do valor histórico, ela desperta o interesse científico, pois representa um dos poucos experimentos vivos que passaram por condições espaciais.





