A ex-prefeita Alice Guo movimentou novamente as Filipinas ao ser condenada. A Justiça determinou prisão perpétua por seu papel em uma rede de golpes digitais. O caso, que envolve tráfico humano, expôs uma cadeia criminosa de alcance internacional.
As autoridades afirmam que Guo comandou centros usados para explorar vítimas forçadas a aplicar golpes online. A ex-líder participou do julgamento por videoconferência. Ela está detida na prisão de Pasig, na região metropolitana de Manila.
Ex-prefeita condenada

Rede criminosa internacional
Além da ex-prefeita, outros três acusados receberam punições semelhantes. Eles foram considerados responsáveis por recrutar pessoas para o esquema. As multas aplicadas pelo tribunal chegaram a dois milhões de pesos para cada envolvido.
A história ganhou destaque nacional quando Guo fugiu do país no ano passado. Sua fuga ocorreu após as primeiras denúncias de vínculos com cassinos ilegais. A polícia já havia resgatado centenas de filipinos e estrangeiros em Bamban.
A investigação indicou que muitas vítimas eram coagidas a trabalhar em operações virtuais fraudulentas. Esse tipo de crime tornou-se comum na região. Países vizinhos também relatam aumento de golpes e tráfico humano ligados ao setor digital.
Guo foi capturada meses depois na Indonésia e enviada de volta às Filipinas. Desde então, responde por diversos crimes financeiros e administrativos. As autoridades também investigam sua ligação com grupos ligados à máfia chinesa.
Outro tribunal concluiu que Guo utilizava identidade falsa para ocupar o cargo público. A Justiça declarou seu mandato inválido e reforçou que ela seria de origem chinesa. A decisão anulou sua posse como prefeita em 2022.
Contexto dos cassinos virtuais
As Filipinas viram o crescimento rápido dessas operações desde 2016. A legalização dos cassinos online atraiu empresas estrangeiras e investidores. Porém, também abriu brechas para organizações criminosas.
O governo atual proibiu a atividade após operações contra redes suspeitas de tráfico e fraudes. Esses crimes se espalharam pelo Sudeste Asiático nos últimos anos. A ONU estima que milhares ainda estejam presos em esquemas semelhantes na região.





