A Agrimaque Peças Agrícolas Ltda., fornecedora do setor agrícola, ingressou com pedido de falência contra o Grupo Pupin, conglomerado em recuperação judicial com dívidas de R$ 2 bilhões.
A ação alega incapacidade civil e cognitiva dos empresários José Pupin, o “Rei do Algodão”, e sua esposa Vera Lúcia, devido a problemas de saúde como câncer e Parkinson.

Segundo a Agrimaque, essa condição inviabiliza a continuidade da reestruturação, transformando o processo em “simulacro”.
Alegações de Engodo e Transferência de Controle
Os Pupin afirmam ter sido vítimas de um “engodo” pelo Grupo Midas/Fource, que assumiu controle das operações durante período de fragilidade.
Contratos transferiram poderes amplos, incluindo gestão de fazendas e finanças, levando a movimentações irregulares de ativos. A defesa solicita suspensão de acordos, cancelamento de procurações e reversão de bens alienados.
Disputas com Credores e Pedidos de Auditoria
O fundo New Distressed FIDC, majoritário credor, contesta as alegações, pedindo auditoria independente por uma “Big Four” para verificar incapacidade e transferências.
Questiona evidências de alienações e aponta contradições nas versões dos devedores. O caso tramita na 1ª Vara Cível de Campo Verde (MT), com Agrimaque sugerindo apuração pelo Ministério Público.
Contexto da Recuperação Judicial
O Grupo Pupin entrou em recuperação em outubro de 2017, com plano aditivo em 2024. Dívidas acumuladas e disputas judiciais complicam a reestruturação.
Especialistas veem risco de falência, impactando empregos e cadeia produtiva no agronegócio mato-grossense.
Implicações para o Setor
Essa batalha jurídica destaca vulnerabilidades em recuperações judiciais, especialmente com empresários individuais.
Credores pressionam por transparência, enquanto devedores buscam proteção. O desfecho pode definir precedentes para casos similares no Brasil.





