Viver em um dos bairros mais nobres de São Paulo pode custar o mesmo que alugar uma casa espaçosa no interior. No Jardim Europa, o valor médio do condomínio chega a R$ 2.600 por mês. O bairro ocupa o topo da lista de regiões com as taxas condominiais mais altas da capital, superando a média geral da cidade, que é de R$ 777.
Em outras áreas tradicionais, como Higienópolis, Jardim América, Itaim Bibi e Vila Nova Conceição, o custo também ultrapassa os R$ 2 mil mensais. De acordo com Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft, o preço do condomínio está diretamente relacionado à valorização do imóvel e aos serviços oferecidos.
Prédios com ampla infraestrutura como academias, áreas de lazer, segurança reforçada e serviços internos, tendem a ter taxas mais elevadas. No entanto, a localização ainda é o principal fator de influência. Bairros com maior prestígio e demanda por imóveis acabam elevando significativamente os custos para os moradores.

O impacto da inadimplência nos condomínios
Com taxas tão altas, a inadimplência se tornou uma preocupação constante entre síndicos e administradoras. Quando parte dos condôminos deixa de pagar, o prejuízo recai sobre os demais. A falta de arrecadação suficiente leva ao aumento das taxas para os moradores adimplentes, já que o condomínio precisa cobrir as despesas mensais de manutenção, segurança e serviços.
As administradoras costumam manter um fundo de reserva para lidar com atrasos pontuais, mas, quando o problema se torna recorrente, o caixa pode ser comprometido. Giovanni Gallo, síndico profissional, explica que, em casos mais graves, a inadimplência pode levar à redução de serviços essenciais ou à suspensão de melhorias planejadas.





