O Sistema Cantareira é o maior reservatório de água do estado de São Paulo e um dos maiores do mundo em abastecimento urbano. Operado pela Sabesp, o conjunto de represas tem capacidade para armazenar cerca de 982 milhões de metros cúbicos de água e atende aproximadamente 8,8 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo e em parte da Região de Campinas.
O sistema é responsável por cerca de 46% do abastecimento da Grande São Paulo, sendo essencial para garantir o fornecimento contínuo à maior concentração populacional do país. Formado pelos reservatórios Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro, o Cantareira é interligado por túneis e canais que permitem o transporte da água até as estações de tratamento.
A estrutura começou a operar em 1974, com ampliação concluída em 1981, e foi projetada para integrar diferentes bacias hidrográficas, transferindo água do rio Piracicaba para o Alto Tietê. Essa característica torna o sistema uma obra complexa e essencial para a segurança hídrica da capital.

Desafios de gestão e crises hídricas
A importância do Cantareira ficou evidente durante a crise hídrica de 2014, quando os reservatórios atingiram níveis críticos, chegando a operar com o chamado “volume morto”. O episódio expôs fragilidades na gestão do sistema e a dependência excessiva de um único manancial. Desde então, a Sabesp ampliou a oferta, integrou outros sistemas e reforçou o uso consciente da água.
O Cantareira continua sendo monitorado de forma intensiva, com apoio de dados meteorológicos e modelos de previsão hidrológica. Mesmo após a privatização parcial da Sabesp, concluída em 2024, o reservatório permanece sob controle técnico da companhia, com regulação da Agência Nacional de Águas (ANA).





